19.7.11

Retrofuturismo lusófono: Lisboa Electropunk

E atenção para a oportunidade de publicação de texto retrofuturista em português na Europa. No post anterior, falei do artigo de Fábio Fernandes traçando um panorama do fandom brasileiro na revista lusa Bang! Naquela mesma edição, saiu a chamada para uma nova antologia aberta para submissão de textos com uma temática fortemente retrofuturista, ainda que não seja o vapor a animar as especulações que ela trará. Lisboa Electropunk  será o nome do livro que, como pode-se adivinhar pelo título, centrará sua imaginação na eletricidade, projetando uma capital portuguesa alternativa com o olhar dos pioneiros da FC mas existindo em um hipotético ano 2000.

A organização do livro caberá a João Barreiros, escritor português autor do livro Terrarium, apontado pela crítica como sendo o melhor de toda a história do gênero escrito em nosso idioma. A publicação será pelo grupo editorial Saída de Emergência, em cujo site há o link para baixar a chamada para coletânea, com a descrição das regras gerais daquele universo consensual proposto, várias sugestões de abordagens possíveis, o tamanho dos textos e o prazo de entrega. Como o texto não exige que os participantes sejam naturais de Portugal, apenas que os textos apresentados sejam inéditos e escritos em português, esta é uma bela oportunidade para brasileiros publicarem no mercado europeu. Cito abaixo o início do texto de apresentação, escrito por João Barreiros:



LISBOA ELECTROPUNK

O CONCEITO

O propósito desta antologia temática será retratar Lisboa na volta do Milénio — Natal do Ano 2000 — mas um Milénio diferente tal como poderia ter sido imaginado pelos autores do início do séc XX.

Trata-se pois de um conceito semelhante ao tão popular género steampunk, mas com duas diferenças. As narrativas terão de decorrer precisamente no ano 2000, ou seja, no futuro e a base de energia não será o vapor, tão caro aos autores com Blaylock, Powers e Gibson, mas sim a electricidade cuja utilização começava já a despontar na aurora do século XX.

A nossa intenção será criar um mundo consensual, de uma série de contos interligados no mesmo tempo (uma semana), no mesmo futuro/passado (ano 2000), onde serão utilizadas todas as tecnologias sonhadas pelos nossos avós.

2 comentários:

bibs disse...

gostei da proposta!!!
eu vi o post anterior da matéria do Fábio e acabei baixando todos os números, vou desbravar o fantástico do outro lado do oceano xDD

Romeu Martins disse...

Massa, bib's, seja nossa representante em terras lusas e além!